Em entrevista ao Diário As, o talentoso argentino se despede de Tapia na Master Final depois de lutar meio ano pelo primeiro lugar e agora apresenta sua raquete Copper.
– Daniel Gutiérrez (38 anos) foi uma das ausências marcantes no P-1 da Premier em Milão.
– Ele jogou toda a temporada com Agustín Tapia (23) em que lutou pelo primeiro lugar no WPT contra Galán e Lebrón, embora no ranking da Federação Internacional tenha ficado para trás por não jogar vários torneios de alto nível, como os Majors.
– Não se inscrever para o P.1 em Milão tem algum significado?
– Sim, cansaço físico. É muito difícil para mim recuperar o sono quando venho da América, e passei as duas primeiras noites sem dormir quando voltei de Monterrey para minha casa em Alicante, assistindo aos vídeos de Seba Nerone falando sobre novas duplas. Essa é a única razão pela qual não jogamos no Milan.
– E o que você acha dessas novas duplas?
– Posso falar da minha, com Belasteguín, que voltamos a jogar juntos. Podemos não pular e bater tanto quanto alguns jovens, mas nenhum de nós foi superado fisicamente. Além disso, ambos entendemos o jogo da mesma forma e não pulamos a estratégia. Também é possível que não estejamos aqui para ser o número um, mas para estar no topo. Nossa pausa foi um pouco abrupta na última temporada e acho que faltou um pouco de sorte com as lesões para confiar no projeto. Embora digam que as segundas partes não foram boas, não foram ruins para mim.
– Esta temporada vocês com Tapia foram os únicos que pressionaram Galán e Lebrón, mas depois pegaram mais leve.
– Agustín é um grande jogador, um talento extraordinário, mas acho que no final a inexperiência de um jovem de 23 anos, que decide trocar de companheiro para a próxima temporada, o prejudicou, e é difícil para ele dar essa informação para quem joga com ele, e prejudica ele e seu parceiro no jogo. Mas ele e Coello podem fazer isso muito bem. São dois jovens com um futuro imenso destinados a ser o número um.
-Os atuais números um, os que dominam, Galán e Lebrón, forçam muitas mudanças de duplas para que possam ser enfrentados. O que você acha de Paquito Navarro e Tello, do corte de Coello e Tapia?
– Talvez cheguemos ao Final Master e eu tenha que ficar quieto porque me surpreende, mas não acho que Paquito Navarro vai continuar sendo o grande finalizador que era na esquerda. Com Tello, ambos serão muito competitivos, mas veremos um Navarro diferente.
– Os argentinos confiam em Di Nenno e Stupaczuk, mas não dão a sensação de igualar as outras duas duplas que citei.
-De jeito nenhum! É uma dupla com enorme potencial. Eles se conhecem há anos, jogaram juntos quando crianças e agora tem a chance de se tornar dominadores, pelo menos me parece.
– Despedir-se do ano de 2022, do seu parceiro, e apresentar a sua Copper, uma raquete pensada para você: marketing ou realidade?
-Colaborei com a Siux para criar esta raquete, que é uma evolução da que tinha até agora. Temos trabalhado no que eu queria, muito controle de bola, mas adicionamos mais potência. Investimos no carbono, na borracha que alguns preferem mais densa, mais dura, e propus algumas inovações para poder desenvolver o jogo que gosto.
FONTE: DIÁRIO AS