O olavarriense explicou porque aceitou a proposta de Navarro, com quem se estreia no Open 1000 de Granada.
Fede Chingotto (25, Olavarría) é um dos nomes que entrou na roleta das mudanças de parceiro: depois de fechar 2022 e começar 2023 com Javier Garrido, a partir do Open 1000 de Granada dividirá a quadra com Paquito Navarro. Foi o que o drive disse em entrevista com o VEINTE DIEZ, onde detalhou as razões que o levaram a tomar a decisão de dizer ‘sim’ ao convite do revés sevilhano.
– Como você tem passado esses dias após o anúncio? Você começa com um plano A, mas imprevistos estão surgindo…
Eu vim do projeto com o Tello que durou muito tempo e agora estou entrando nessa dinâmica de mudança. Mas são coisas que vão surgindo: no meu caso não mudo porque um objetivo não foi cumprido ou porque não foi o que esperava, mas sim porque é uma aposta e acredito que agora posso ambicionar outras coisas que já tenho em mente. Discuti isso com o Javi (Garrido): ele ficou contente com a progressão, mas surgiu uma oportunidade e é bom.
– Que oportunidade?
Ha, bem como você sabe que eu vou jogar com Paquito Navarro. Estou entusiasmado com sua hierarquia, que já foi número um e conquistou muitos títulos, e vai me dar experiência e tranquilidade em alguns momentos, que é o que eu preciso.
– Como recebeu a chamada? Foi difícil para você processar?
Custou-me muito. Não estou acostumado a fazer algo assim. Sempre me falavam ‘ele vai te ligar’ mas até ele te ligar, você não se coloca nesse lugar. Você nem se preocupa. E quando ele me ligou foi tudo muito repentino. Não queria deixar o Javi (Garrido) encalhado, mas tinha de tomar uma decisão rápida e ao mesmo tempo queria analisá-la. Conversei sobre isso com o Gary (Reca), com a psicóloga, com a equipe e todos eles me deram seu ponto de vista. Gostei muito da ideia mas não sabia como falar sobre isso com Javi, mas tirei meu chapéu para ele porque ele aceitou como um profissional e nesses torneios que eu já sabia que não íamos continuar sua resposta foi nota dez.
– Você estava no celular, abriu o Twitter ou Instagram e descobriu que tem um novo parceiro que nem sabia?
Foi incrível. E mais: o que me fez falar antes foi que começou a explodir nas redes mas ainda não tinha sido confirmado. Eu me coloquei no lugar do outro (Garrido), que tinha que ver tudo isso, e mostrei meus chats para ele ver que não estava fechado. São deduções que tentam antecipar e você não consegue lidar com isso. Mas tudo o que foi gerado me levou a ter que decidir mais rápido para que meu parceiro saiba se é verdade ou não.
– E quando você disse sim?
Passei vários dias pensando nisso. Eu queria falar um pouco mais com ele (Paquito), mas tudo caiu entre os torneios, também não queria que Javi (Garrido) me visse no meio de um torneio ou tivesse que ficar escondido caso não desse certo. Não dava pra organizar tudo. E mais do que tudo foi que quando (Paquito) me contou, já estava fazendo barulho na minha cabeça. E com o passar dos dias pensei: ‘Se eu tenho isso na cabeça é porque eu quero’. Dei um passo à frente e aceitei o desafio.
– O que você achou da aventura Tello – Paquito?
Paco fez uma aposta para ver como ele se sentia. Com Juan (Tello) poderia ser uma dupla muito difícil em uma pista rápida, mas com o tempo eles ficaram desconfortáveis. O Paco tem DNA de revés no corpo: quando cruzou estava ultra solto e na direita mais amarrado. Agora é a minha vez de agarrá-lo: é o número um, um dos mais bem-sucedidos da Espanha, e vou aproveitar.
– Vai deixar o revés para ele, não?
Eu pensei nisso. Falei: ‘Paco, você fica na direita?’.
– Complete a frase: “Paquito e Chingotto estão aqui para…”
Eu não quero me queimar. Obviamente, ele está acostumado a lutar por títulos e número um. Também é o que quero. Vamos tentar fazer as coisas super bem para encaixar passo a passo, trazer a nossa melhor versão e dar tudo dentro de campo.
CONTEÚDO ORIGINAL: OLÉ
