Em meio a seguidos cancelamentos de jogos por conta da chuva no Riyadh P1, o circuito Premier Padel enfrenta um momento de crise após a confirmação do boicote dos jogadores ao Gijón P2, torneio marcado para acontecer de 24 de fevereiro a 2 de março de 2025. Sem um acordo entre os atletas e a organização, nenhum jogador masculino do top 100 estará presente na competição, o que pode levantar questionamentos sobre o futuro do circuito.
Motivos do boicote
A decisão dos jogadores de não participarem do torneio é resultado de uma insatisfação crescente com as mudanças implementadas pela Federação Internacional de Pádel (FIP) e pelo Premier Padel. Entre as principais razões estão:
- Redução do número de duplas nos torneios, limitando a participação de jogadores ranqueados fora da elite;
- Cortes na premiação para duplas de ranking mais baixo;
- Fases classificatórias sem premiação, o que impõe altos custos para atletas que precisam viajar para competir.
O impacto no torneio e possíveis consequências
Com a ausência dos principais jogadores masculinos, a competição em Gijón deve seguir apenas com a chave feminina. A falta dos principais nomes do circuito no evento levanta preocupações sobre a viabilidade do formato do Premier Padel e o relacionamento entre os jogadores e a entidade organizadora.
Além disso, segundo o site Marca, o Premier Padel já considera tomar medidas legais contra os jogadores envolvidos no boicote, reforçando a tensão entre ambas as partes .
Carta aberta e busca por acordo
Em um esforço para amenizar a situação, o Premier Padel enviou uma carta aberta aos jogadores, expressando o desejo de “retomar o entendimento mútuo” e discutir um novo modelo de regulamentação para o circuito nos próximos anos . No entanto, até o momento, não há sinais de que um acordo será alcançado antes da realização do Gijón P2.
O que esperar daqui para frente?
A crise instaurada com o boicote dos jogadores pode afetar diretamente o calendário do Premier Padel 2025 e provocar mudanças estruturais na organização do circuito. Caso um consenso não seja alcançado, o impacto pode se estender para os próximos torneios, o que poderia colocar em risco a estabilidade do circuito profissional de pádel.
O Superpadel seguirá acompanhando os desdobramentos desta situação e trazendo atualizações sobre o assunto.
Maycon Henschel, da redação.