Em entrevista ao Padel Podcast, Manuela Schuck, uma das principais atletas do pádel feminino brasileiro, compartilhou detalhes sobre sua carreira, os desafios de competir no exterior e a evolução do esporte no Brasil. A jogadora, que hoje mora em Madri e atua no circuito internacional, destacou a importância da família em sua trajetória e os obstáculos que superou para se consolidar no pádel mundial.
Início no pádel e influência da família
Manuela começou a jogar pádel aos 12 anos, influenciada pela família. “Meu pai e minha mãe jogavam. A gente tinha uma casa na praia com quadra de pádel, então comecei a jogar muito pela família”, contou. Aos 12 anos, foi convocada para a seleção brasileira de menores, o que marcou o início de sua dedicação ao esporte. “Quando me chamaram para a seleção, fiquei superfeliz. Decidi que queria jogar e comecei a treinar mais sério”, relembrou.
Adaptação à vida na Espanha
Aos 18 anos, Manu se mudou para a Espanha, o principal centro do pádel mundial. A adaptação, no entanto, foi difícil. “Fui três meses e odiei. Dormia mal, tinha medo, era difícil fazer amizade sem saber falar espanhol”, confessou. Apesar das dificuldades, ela persistiu e encontrou apoio em colegas como a parceira Rafa Laviaguerre, que a ajudou a se estabelecer no circuito. “A Rafa me motivou muito. Ela é uma das razões pelas quais estou lá hoje”, disse.

Diferenças entre o pádel no Brasil e na Espanha
Manuela destacou o alto nível técnico e tático do pádel na Espanha. “Lá, todo mundo joga bem. Qualquer pessoa joga muito”, afirmou. Ela também ressaltou a importância do ritmo e da continuidade nos pontos. “Na Espanha, o ponto dura muito mais. Não importa se a bola não é perfeita, o jogo continua”, explicou.
Apoio da Nox e desafios financeiros
A atleta falou sobre o apoio da marca Nox, que foi fundamental para sua carreira. “A Nox me permite fazer o circuito. Eles sempre me trataram muito bem”, disse. No entanto, Manu também abordou as dificuldades financeiras enfrentadas por atletas que não estão no topo do ranking. “Hoje, consegui ter lucro, mas sei de pessoas com o mesmo ranking que eu que não tiveram”, comentou.
Desigualdade no pádel feminino
Manuela não deixou de mencionar as diferenças entre o pádel masculino e feminino. “A diferença continua existindo, tanto nas premiações quanto no tamanho de quadro”, afirmou. Ela destacou que, apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para garantir igualdade de oportunidades para as mulheres no esporte.
Mensagem para os jovens atletas
No final, Manu deixou uma mensagem de incentivo para os jovens jogadores. “Continuem a acreditar no pádel brasileiro, deem o seu melhor e busquem formas de melhorar. Contem comigo para o que precisarem”, disse.
Para saber mais sobre a trajetória de Manuela Schuck, confira a entrevista completa no Padel Podcast.
Da redação.